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A juventude e a relação consumo versus produção de notícias


Foto: Gary Cassel from Pixabay


Com a chegada da “Era da Informação”, que começou após a terceira revolução industrial, no final da década de 70, vimos o nascimento de novas mídias. Com o surgimento dos computadores domésticos e o acesso à internet, passamos a ser bombardeados por inúmeras notícias e informações. Os grandes veículos de comunicação de massa perdem a exclusividade na produção e emissão desses conteúdos e, agora, todos ganham voz para, além de consumirem, passarem a ser também produtores de informações.


Devido ao fácil acesso à informação, o jovem, além do que se imaginava, está cada vez mais interessado nos acontecimentos da atualidade. De acordo com o estudo do Media Insight Project, uma iniciativa do American Press Institute e da Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, realizada entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, com 1.046 jovens americanos, de 18 a 34 anos, concluiu-se que 69 % deles acessam notícias diariamente e, o mais importante, que eles buscam notícias em fontes confiáveis.


Vemos hoje a participação dos jovens em momentos importantes para o país, principalmente no cenário político, momentos esses que nasceram nas redes sociais e repercutiram nas grandes mídias de massa.


No Brasil, vimos nas últimas semanas a organização de manifestações pró-democracia, incentivadas por torcidas organizadas de times de futebol de São Paulo, divulgada através das redes sociais. Já no último dia 20 de junho de 2020, segundo notícias veiculadas na internet¹, os usuários de uma rede social, juntamente com fãs do estilo musical coreano, K-pop, podem ter sido responsáveis pelo esvaziamento do primeiro comício do presidente americano, Donald Trump, candidato à reeleição. Pelas informações, eles incentivaram a inscrição de mais de um milhão de seguidores, que, na realidade não iriam ao comício. O resultado que se viu foi uma super estrutura criada para o recebimento dos inscritos, mas o público não passou de sete mil pessoas.


Outro caso marcante é o do “youtuber” e empresário Felipe Neto, que na primeira fase da carreira, em 2010, criou um canal no Youtube, postando vídeos com temas da época e críticas ao comportamento de pessoas famosas. Hoje, com apenas 32 anos, Felipe Neto é um grande influenciador digital, com mais de 38 milhões de inscritos em seu canal e 11 milhões de seguidores no Twitter, comunicando-se, principalmente, com os jovens. Ele é considerado um dos maiores críticos do atual governo Bolsonaro e responsável pela disseminação de importantes notícias do cenário político entre os jovens.


É importante destacar que os grandes veículos de comunicação devem ter a preocupação com a qualidade na produção do conteúdo jornalístico para que a nova geração de leitores consumam, confiandonas suas informações.


As mídias têm um impacto importante na formação da juventude, mas não da forma como muitos imaginam, pois os que estão crescendo no mundo digital não consomem as notícias de forma passiva ou aleatória. Com a democratização do acesso ao conhecimento, através dos milhares de novos canais de comunicação, os jovens estão absorvendo cada vez mais informações, mas sinalizando sempre uma preocupação quanto à qualidade e veracidade dos fatos, buscando fontes seguras.



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